Nossa História

Origens e Desenvolvimento

No início do século XVIII, Rio do Peixe floresceu como um ponto estratégico para a mineração, especialmente no auge do ciclo do ouro. Elevado a distrito em 1836 e a freguesia em 1841, o povoado teve como primeiro vigário o Padre Silvério Teixeira Coelho. A construção da paróquia, iniciada em 1846 e restaurada em 1857, marcou o crescimento da comunidade. A emancipação veio em 1962, quando Rio do Peixe se desmembrou do município de Serro, adotando o nome Alvorada de Minas. Hoje, o município é composto pela sede e pelo distrito de Itapanhoacanga, um verdadeiro tesouro histórico e cultural.

Itapanhoacanga: Berço do Barroco e da Mineração

O distrito de Itapanhoacanga é um dos destaques de Alvorada de Minas, conhecido por ter sido um dos mais ricos garimpos de ouro do Serro Frio no século XVIII. No auge de sua prosperidade, em 1746, o negociante João Simões era uma das figuras mais abastadas da Capitania. O distrito abriga joias do barroco mineiro, como a Igreja de São José, tombada pelo IPHAN, cuja construção começou em 1746, com reedificações em 1763 e entre 1771 e 1787. A igreja impressiona com sua portada esculpida, altares talhados e uma pintura no forro datada de 1787, assinada por Manoel Antônio da Fonseca, encomendada pelo Capitão José Pereira Bonjardim.

Outra preciosidade é a Igreja de Nossa Senhora do Rosário, também adornada com pinturas atribuídas a Manoel Antônio da Fonseca e, possivelmente, a um discípulo do renomado Mestre Ataíde. Itapanhoacanga foi um ponto estratégico da Estrada Real, conectando Serro Frio a Ouro Preto. Por sua rua principal, hoje um eco do passado, passaram governadores, tropas, garimpeiros e viajantes ilustres, como o inglês John Mawe (1808) e o francês Saint-Hilaire (1816).

Cultura e Tradições

Alvorada de Minas é rica em manifestações folclóricas, com destaque para o Bumba Meu Boi, a Folia de Reis e a Marujada, tradições que animam a sede e o distrito de Itapanhoacanga. Essas celebrações refletem a identidade cultural do município, marcada pela religiosidade e pelo sincretismo herdado dos tempos coloniais.

Economia e Atualidade

Historicamente ligada à mineração, Alvorada de Minas mantém sua vocação extrativista. Atualmente, a região vive um novo ciclo mineral, com a exploração de jazidas de minério de ferro que se estendem de Itapanhoacanga até São Sebastião do Bonsucesso (conhecido como SAPO) e proximidades do Serro. Em 2023, o município registrou receitas brutas realizadas de R$ 126.952.509,41, refletindo sua relevância econômica. A mortalidade infantil, em 2022, foi de 16,39 óbitos por mil nascidos vivos, e a escolarização de crianças entre 6 e 14 anos alcançou 94,6% em 2010, indicando esforços para o desenvolvimento social.

Belezas Naturais e Lazer

Além de sua riqueza histórica, Alvorada de Minas oferece opções de lazer em contato com a natureza. O Rio Landim, com suas águas cristalinas e calmas, é um convite ao descanso e à contemplação. Outros pontos, como o Rio Campina e o Tanque do Carumbé, também atraem visitantes em busca de tranquilidade.

Localização e Acesso

Situado a 210 km de Belo Horizonte, Alvorada de Minas é acessível pela rodovia MG-010, uma das principais vias que conectam a capital mineira ao interior do estado. O município, cujo gentílico é alvoradense, é governado pelo prefeito Danilio Cléssio Ferreira (2025).

Um Convite à História Viva

Alvorada de Minas é mais do que um município; é um mergulho na história mineira, onde o barroco se encontra com a simplicidade do interior. Seja pelas igrejas seculares de Itapanhoacanga, pelas festas populares ou pelas paisagens naturais, o município encanta moradores e visitantes, preservando o legado de um passado glorioso enquanto constrói seu futuro.

Nenhum homem está acima da lei e ninguém está abaixo dela; nem pedimos a qualquer homem permissão quando exigimos sua obediência a ela.

Theodore Roosevelt